segunda-feira, 8 de março de 2010

100% OLD SCHOOL SKATEBOARDS - capitulo 08

Em resumo, sou fabricante de skates personalizados, com dirigibilidade similar a uma prancha de surf, desenvolvo projetos personalizados, extremamente divertidos. Entre em contato!

DRAGSTER! - capitulo 07

Batizado de DRAGSTER, e com o mesmo apelo de controle e velocidade, o carrinho faz sucesso até hoje nas ruas e alamedas de SP.

STATE-OF-THE-ART SKATEBOARDS - capitulo 06

Não demorou muito, o Carlos Ratinho, fabricante das parafinas WAXX-ON e amigo das praias de longa data, encomendou o segundo skate fabricado por mim pro filho dele.

Na ladeira de Boissucanga - capitulo 05

Na época em que eu trabalhava e morava na Surface, o Romeu Bruno, salva-vidas de reputação mundial dadas às atuações no outside de Pipeline, Hawaii, e um dos pioneiros e principais mentores da modalidade TOW-IN SURF no Brasil, juntamente com o Fantinha tiveram a oportunidade de experimentar o carrinho na descida do morro de Camburi pra Boissucanga (Rio-Santos km. 158) . O Romeu adorou, andando até de switch, realçando a similaridade na velocidade e no controle do skate, sendo uma boa opção de treino pros dias de flat. A empatia foi tanta, que rolou o model que estarei desenvolvendo pro próprio Romeu, o PROTOTYPE, indicado para controle e velocidade extremos.

Simplesmente Roller Coaster! - capitulo 04

Numa tarde dessas, o Léo, que é desenhista da fábrica, resolveu tentar andar no skatinho e foi paixão ao primeiro rolê. Amarradão, encomendou pra mim um skate nos mesmos moldes, e com o mesmo cuidado que os luthiers desenvolvem violões e guitarras personalizadas, que eu recriei e adaptei o BOLT, fiz o primeiro SPACETRIPPER STOCK SKATEBOARD.

O resultado não poderia ser melhor. Batizei o projeto de ROLLER COASTER, montanha russa, que é como a linha de batimentos cardiacos de quem anda neste model se porta, pois a aceleração é imediata. O Léo pirou no carrinho, que pelo tamanho cabe até dentro de uma mochila, e quando não está de bike indo pra fábrica, atravessa a Rio-Santos amarradão no seu veículo.

Descendo a serra... - capitulo 03

Num destes trabalhos que desenvolvo como desenhista, aportei em 2005 na fábrica de pranchas de surf do Luciano, a Surface Surfboards, onde presto serviços de design há mais de 15 anos, e praticamente morei por quase um ano na sala de aerografia e pintura das pranchas. O inverno veio, a falta de grana também, e pra economizar o dinheiro da passagem de onibus (que às vezes nem tinha mesmo rs), resolvi trazer o skatinho pra me locomover melhor, haja vista que precisava buscar novos clientes, e que a maioria dos meus novos clientes morava em Camburi e em Boissucanga. Como a Rio-Santos naquela época era lisinha e sem olhos-de-gato na estrada... consegui buscar outros clientes, que me trouxeram sustento e uma nova etapa na minha vida.

...era pro povo me ultrapassar na ladeira! - capitulo 02

Lembro que no primeiro dia, ao aportar na ladeira do Parque do Museu do Ipiranga, toda galera que estava andando de skate simplesmente parou para ve aquele skatinho totalmente fora dos padrões, e que simplesmente voava naquele asfalto macio. O skatinho renascido trouxe uma familia inteira de amigos, amigas e namoradas skatistas, mas o que mais impressionava é que o carrinho andava mais do que qualquer longboard que aportava na ladeira.

O "rush" de adrenalina no final da ladeira chegava a esquentar o sangue, e e invariavelmente fui aprimorando o carrinho, as bilhas lubrificadas a seco com grafite deram lugar aos rolamentos blindados NMB, e aos poucos fui descobrindo que tinha criado uma nova categoria de skate: os STOCK SKATEBOARDS, skates com shape flat, sem tail e nose, menores que os usados atualmente, com o mesmo apelo dos carros da Stock Car, calibrados para controle absoluto em altas velocidades.

OBS: nesse dia, eu estava filmando com uma sony-mavica do Vitor (Wax Kill), que gravava em disquetes antigos (drive A), e que custava uns 2.000 reais... ai, se eu caísse! ia ser um rola e um preju de responsa! Na filmagem, da esquerda pra direita: Mixirica "Flying Horse" Mix, Sidão "Porteiro do Museu" e PC, amigos e irmãos dos rolês de skate no Ipiranga.

OLD SCHOOL SKATES - capitulo 01

...em 1974 ganhei de presente dos meus pais um skate BOLT, fabricado no Hawaii pelo Jack Shipley e pelo Gerry Lopez, que fabricavam desde 1972 pranchas de surf e skates de fibra de vidro na lendária LIGHTNING BOLT. Como qualquer criança de oito anos de idade, fiquei fascinado pela beleza do carrinho: shape em fibra de vidro azul, com o tradicional raio amarelo alaranjado, eixos estreitos adaptados dos patins da época e aquelas lindas rodas vermelhas transparentes POWER PAW.

Por um minimo detalhe (no eixo estava muito apertado, praticamente não virava, e eu não tinha a chave pra desparafusar o parafuso central e deixar o carrinho mais maleável nas curvas), o skate permaneceu intacto por quase 25 anos. Tive outros skates, como o Torlay de madeira balsa, o Benrose com shape de acrílico laranja, o Gordon & Smith com shape de fibra de vidro vermelha, eixos Chicago e rodinhas SIMS Competition, o Wave Park montado pelo Sumio na própria Wave Park, o Urgh! com shape de pinho, que já foi parar nas mãos do prório Jorge Kuge por uns tempos.

O tempo passou, o surf chegou na minha vida pra ficar, fazendo com que outras paixões aflorassem e virassem profissão, como desenho. E foi nestas idas e vindas, que num belo fim de semana desses, em meados de 1998, que eu resolvi "reformar" o skate que dormia intacto no fundo da minha garagem.

As rodinhas, ainda inteiras, eram muito moles para os padrões de hoje, e não resistiriam por muito tempo (nessa época, eu morava perto do Parque Independência, no bairro do Ipiranga, onde existe uma ladeira macia de asfalto liso, encrustrada no meio do parque). Acabei optando pelas legendárias California Rolls de 65mm, importadas pelo Totó e pelo Ito (Flow).